JULIO ANTONIO MARTINS VIEIRA
( Brasil - Piauí )
Poeta de rara sensibilidade.
Orador fluente e fino humorista. Publicou poemas e sonetos esparso nos jornais e revistas.
Nascido a 29 de abril de 1905, em Teresina.
Bacharel em Direito pela Faculdade do Piauí. Magistrado aposentado da Comarca de Valença, 1ª. Entrância. Professor de Física do antigo Liceu Piauiense. Ex-aluno da Escola Militar de Realengo (1923-1925).
Cultor da Matemática.
Pertenceu ao “Cenáculo Piauiense das Letras”,
Ocupa a cadeira no. 22 da Academia Piauiense de Letras, que tem como patrono a Miguel de Sousa Leal Castelo Branco;
ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES [por] Félix Aires. [Teresina: 1972.] 218 p. Impresso no Senado Federal Centro Gráfico, Brasília. Ex. bibl. Antonio Miranda
O RUBI
Rubríssimo cristal aceso, ensanguentado,
reverberando ao sol, pelas faces polidas,
lembra o rubi a guerra, o sacrifício e as vida
envoltas num fragor hostil desesperado...
Porque resulte assim lágrimas compridas,
de dor, de provação, do mais pungente fado,
congrega tantos ais num glóbulo encantado,
que verte sangue e luz das lâminas feridas.
Das rosas triunfais ardentes e vermelhas,
arrebatando o sumo, espinhos e centelhas,
ruborizou-se a gema, em purpurinho efeito.
Tingiu-lhe o poliedro a rubra cor do vinho
que faz tremeluzir o aspérrimo caminho
do esforço universal em busca do direito.
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Página publicada em março de 2023
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